terça-feira, 29 de março de 2011

Mélissa Gaël

Veio de Coimbra, e antes que a luz do dia acabasse tiramos rapidamente umas fotos.












































































Com a participação de Paulo Tavares, ficam aqui mais umas






















































































segunda-feira, 21 de março de 2011

terça-feira, 15 de março de 2011

Cor


Passei, no outro dia, parado num parque de estacionamento quase uma hora a organizar papelada do dia a dia, que tinha espalhado pelo carro.
Na noite anterior criei um perfil NTC novo para a minha maquina.


Quando um fotógrafo começa a ficar preocupado exaustivamente com a luz e cor, começa a ser caso psiquiátrico, eu, por minha parte tentarei fugir a 7 pés das garras dos ditos, pois na classe medica, são os profissionais com a maior taxa de suicídios.
Se não sabem resolver os problemas deles quanto mais os dos outros.... a fotografia é o meu vicio, e acho-o saudável tão cedo não o largo.


Estas duas imagens são resultado da pesquisa da cor que já faço faz algum tempo.
As imagens que vão ver são quase puras, sem grandes alterações do que saiu da maquina.
Tirando o desvio de cor para a saturação, são imagens puras.








Esse purismo é a meta, que todo o fotógrafo do mundo, que gosta realmente de fotografia quer atingir. Retirar da maquina a imagem perfeita, sem ter de alterar nada em pós produção.

O passo seguinte é conseguir tirar directamente da maquina a visão da sua própria estética fotográfica sem ter de fazer posterior edição.
Este é o verdadeiro nirvana da fotografia, poucos foram os que conseguiram.
Muitos morreram a tenta-lo.
Olhar, pensar, olhar novamente,  esperar pelo momento certo é o caminho que leva à perfeição.

Pensar é editar mentalmente, como um sonho a imagem pretendida, sonhar livre de cânones, iniciais excepto a perfeição.
Depois de se passar, a perfeição para dada imagem, é fácil editar o sonho a gosto. 

Agarrei na maquina, rapidamente o som do radio a dar as noticias de uma crise sem fim à vista e de tamanho escondido, desapareceu do meu cérebro, passei ao modo fotográfico de imediato.

A partir daquele momento tinha que jogar com as virtudes do material que tinha nas mãos e evitar os defeitos do mesmo.
Metido o perfil da noite anterior, passei ao enquadramento, Clássico por sinal mas para umas imagens de paisagem urbana imperava. As nuvens estavam a mudar constantemente, esperava que o S. Pedro tivesse a delicadeza que me mudar as nuvens de sitio, iluminando apenas o que queria, rapidamente me senti como um fotógrafo de vida animal, esperando a copula entre uma girafa e uma cegonha.
O tempo passava, passava, por momentos voltei a ouvir o radio, desliguei-o, mais uns minutos de espera. Quando já estava a desesperar o céu abriu! Tirei 4 fotos, o que sonhara momentos antes, ficou gravado no sensor da maquina.
Não são perfeitas, ou dignas de um museu, mas representam a espera para o momento a perpetuar.

Viva a fotografia.